sábado, 9 de abril de 2016

Coletiva de Cuca mostra bem como chega o Palmeiras para enfrentar o Mogi


Foto: César Greco | Ag. Palmeiras | Divulgação


O Mogi Mirim corre sério risco de rebaixamento por sua conta e risco (diria Sílvio Santos). Assumiu a chance de lutar pela degola quando adotou postura amadora na pré-temporada, fez técnico e auxiliar trabalhar como gerentes e causou atraso na montagem do elenco. Depois, técnicos e jogadores também ganharam parcela graúda de culpa e se uniram aos dirigentes nesta insana luta para evitar o impossível.

Tudo isto posto, é interessante imaginar que, mesmo com tantos erros, o Palmeiras poderia ter contribuído com o cenário mogiano. Caso tivesse vencido Linense e Ferroviária (em casa!) e Água Santa (em campo neutro), o Sapo estaria hoje fora da zona de rebaixamento e apenas um empate já seria suficiente para escapar da queda. Além disto, o Verdão já seria o líder de sua chave e estaria tranquilamente garantido nas quartas de final.

O Verdão acumulou tantos erros quanto o Sapo e chega pressionado a Mogi Mirim. Luta contra uma vexaminosa eliminação em primeira fase de Paulistão. Algo que não acontece desde 2010. Analisar os 'melhores momentos da coletiva do técnico Cuca ajuda a entender como este pressionado Verdão irá a Mogi. O treinador falou com os jornalistas na Academia de Futebol após o treino desta sexta-feira (8). E falou muito sobre a obrigação alviverde. "Lógico que é obrigação classificar (no Paulista), mas às vezes não acontece como os grandes querem. Olha lá quem vai ser o campeão na Inglaterra".

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A referência ao Leicester, candidatíssimo ao título inglês mesmo longe de ser uma potência, mostra que a confiança não é a primeira das virtudes no Palestra Itália. Há muita pressão, principalmente pela demora na demissão de Marcelo Oliveira e na sequente série de derrotas que aconteceu após a chegada de Cuca. Cuca: "A responsabilidade da gente é grande. Estamos apertados no Paulista, muito em função das derrotas que eu tive. Se não tivesse um começo tão ruim, a gente estava mais tranquilo. Temos que vencer. Sabemos da dificuldade, respeitamos o adversário. Quando passar o Paulista, a gente desliga para a Libertadores".

A competição continental também é problema para o domingo. O Verdão não terá o luxo de descansar contra o Mogi Mirim. E vai para o duelo no Vail Chaves cansaço pelo empate em 3 a 3 com o Rosario Central, na quarta (6), na Argentina. Ainda tem na quinta (14), o River Plate-URU, na Allianz Parque. Muita pressão. Muita responsabilidade para a turma da Água Branca. "São muitos jogos decisivos, Rio Claro, Corinthians, Rosario, agora com Mogi, quinta-feira com o River, se a gente passa, domingo tem outro. Estamos pegando nesse caminho adversários que não estão tendo jogos no meio da semana, eles estão sempre se preparando melhor. A gente vem de desgaste dos jogos e treinamento zero. Tenho treinado mais o pessoal que está fora do que o grupo que está jogando. O treinamento tem sido o próprio jogo".


Sobre o Mogi Mirim o técnico foi genérico. Não listou questões pontuais do Sapo. Não tratou das improvisações na zaga ou na lateral esquerda. Se o ataque é impotente em casa e que a defesa aprendeu a se portar com os jogos fora. Preferiu pegar o caminho convencional. "Um luta para classificar e o outro para não cair. Cada luta tem sua valia e tem que ter respeito. Vejo um jogo muito difícil, complicado, por esses aspectos e pelo fato de o Mogi estar a semana inteira se preparando, o jogo ser lá. São aspectos que trazem preocupação, porque perdi jogadores importantes"

No total são sete baixas. Cuca teve dificuldades para lembrar o nome de todos que ficarão fora. Porém, confirmou que Edu Dracena (desgaste muscular), Zé Roberto (desgaste muscular), Arouca (reforço muscular), Cristaldo (recuperando-se de lesão na coxa direita), Dudu (recuperando-se de lesão na coxa direita) se unem aos suspensos Egídio e Gabriel Jesus. Com tantas mudanças o treinador deve escalar o Palmeiras com Fernando Prass, Jean, Thiago Martins, Vitor Hugo e Victor Luis; Gabriel, Matheus Sales, Robinho e Alecsandro; Erik e Lucas Barrios.

"O esquema vai variando durante o jogo. Quando se fala 4-4-2, você tem dois atacantes. Se um desse atacantes der um passinho para trás, virou 4-3-3. Se você segurar o volante um pouquinho como terceiro zagueiro e soltar os laterais, ele virou 3-5-2 com os mesmos jogadores. Quando falo sobre padrão, é isso aí, buscar alternativas sem fazer trocas".

O técnico tem reclamado da falta de tempo para dar padrão à equipe e ainda não ficou feliz com as referências de que seu time é defensivo. "A gente ouve o pessoal: "Ah, mas o Palmeiras recua...". Você jogou com o Corinthians, que no meio da semana não teve desgaste. Você jogou com o Rosario Central lá com eles também tendo a semana inteira para trabalhar, no calor da sua torcida. Nós propusemos jogo dentro do que a gente podia com a igualdade física. Com desigualdade numérica, é óbvio que você vai se defender mais. Contra o Mogi, a mesma coisa, mas temos que propor jogo. E nesse tempo você vai perdendo jogadores, não tem como preservar, temos que ir no limite".

PALMEIRAS: JOGADORES RELACIONADOS

Goleiros: Fernando Prass e Vagner
Zagueiros: Vitor Hugo, Roger Carvalho, Leandro Almeida e Thiago Martins
Laterais: Lucas, João Pedro e Victor Luis
Volantes: Thiago Santos, Matheus Sales, Jean e Gabriel
Meias: Robinho, Régis e Allione
Atacantes: Lucas Barrios, Rafael Marques, Alecsandro e Erik

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